'Cosmology': a linha japonesa de cuidados com a pele projetada para astronautas

Quando o astronauta japonês Kimiya Yui for para a Estação Espacial Internacional (ISS) no próximo ano, ele terá em sua bolsa dois novos itens de cuidados com a pele, especialmente projetados para os rigores das viagens espaciais.

O sabonete facial e a loção fazem parte da linha “Cosmology” lançada na segunda-feira pela empresa japonesa de cosméticos POLA e pela ANA Holdings, controladora da All Nippon Airways.

Os produtos foram criados depois que a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA) solicitou soluções de cuidados com a pele que pudessem ser usadas nas condições de escassez de recursos, baixa gravidade e extremamente secas do espaço sideral.

As duas empresas começaram a trabalhar na linha em 2020 e a JAXA deu-lhes luz verde para dar vida aos seus designs em março passado.

Para economizar água, o sabonete facial é feito para ser simplesmente enxugado, enquanto a loção foi projetada para permanecer no estado semissólido para não se espalhar em baixa gravidade.

Os produtos não são os primeiros cosméticos a irem para o espaço sideral. Em 2021, a ex-astronauta da NASA Joan Higginbotham conversou com a InStyle sobre o uso de vaselina, Cetaphil, base, blush, rímel e batom durante as missões, enquanto Estée Lauder enviou um soro para a pele ao espaço como parte de uma parceria comercial com a agência espacial americana.

Astronautas no espaço – e mesmo depois de retornarem à Terra – relataram sentir queimação, coceira, pele seca e sensível.

Os criadores dos novos produtos afirmaram esperar melhorar a qualidade de vida dos astronautas no espaço e afirmaram que a sua gama foi testada por comissários de bordo em aeronaves da ANA, dadas as semelhanças entre as condições de voo e na ISS.

O “Cosmology Space Crew Kit” – conjunto com versões menores do sabonete e loção de limpeza – será disponibilizado ao público em outubro, enquanto os produtos de tamanho normal estarão à venda em janeiro próximo.

O presidente da POLA, Miki Oikawa, disse aos repórteres em Tóquio que espera que os produtos também possam ser úteis em outras situações de escassez de recursos, como centros de evacuação durante desastres naturais.

Saki Toi, da CNN, contribuiu para este relatório.

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